27 dezembro 2011
As receitas de Asterix
Os míticos javalis de Astérix fazem parte do imaginário de qualquer um.
Quando vi este livro à venda numa bancada de uma destas feiras de domingo por 2€ fechei logo ali o negócio. As receitas são bem ilustradas e parece haver umas quantas interessantes.
16 dezembro 2011
O CIO DA TERRA
(Milton Nascimento / Chico Buarque)
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão e se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel, se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, propícia estação De fecundar o chão.
"Lisboà Noite"
Rua das Gáveas 69. No bairro.
Quando se entra agrada, embora uma vista de olhos à lista na entrada tenha dado para perceber que um estudante não poderia vir aqui comer hoje sim amanha sim. Com já expliquei uma vez , sou sempre um bocado reticente a pagar demasiado por um jantar.
Casa recuperada com aspecto “clean” mantendo os apontamentos da tradição do espaço, uns belos arcos e os azulejos à antiga. Serviço simpático e discreto. Na ementa a escolha não é limitada, entradas, bacalhaus, peixes frescos e várias carnes. Eu caí para uma cabidela de frango do campo, prato que anda há uns tempos a rondar o subconsciente. Vasta e organizada carta de vinhos que parecem estar no ponto. Pelo menos o Monte da Casa Amarela; e não foi sugestão da casa, foi mesmo às escuras.
Durante o jantar ainda foi possível conseguir uma receita de sericaia que promete. Brevemente posta à prova aqui no blog.
Mais um sítio que vive do presente mas que sabe respeitar o passado.
14 dezembro 2011
Os padeiros fazem pão...o Requinte faz Francesinhas!
A Lagoa Azul
Rua Baden Powell Lote 12 Urbanizaçao Serra de Carnaxide
Amadora - Lisboa - CP: 2720-798
Tel: 214956416 963780659
09 dezembro 2011
Arroz de pombo.
Há umas semanas atrás fui convidado por una amigos para ir ao Alentejo passar o fim-de-semana. Os planos eram vários e envolviam um pouco de tudo mas principalmente actividades ao ar livre. Caça pesca e uns passeios. Pelo meio provaram-se umas sopas, visitou-se o castelo e aprendi uma receita simples que vos deixo aqui.
Arroz de pombo.
Pôr o(s) pombo(s)a cozer com uma cebola, um(dois) alho, uma cenoura, um ramo de salsa, sal e pimenta. Depois de cozido desfiar a carne e reservar a água. À parte refogar uma cebola lentamente com alho e louro (eu também pus um bocado de bacon de porco preto). Juntar o arroz ao refogado e deixar “fritar” um ou dois minutos. Finalmente ir acrescentando a água da cozedura aos poucos até o arroz estar cozido, como quem faz um risoto. No fim juntar a carne de pombo desfiada, falsa picada rectificar o sal e já está.
Muito fácil e de resultados garantidos.
20 novembro 2011
Gruta do paraíso.
Ora aqui vai mais uma sugestão.
Foi um tiro no escuro enquanto andava pelas ruas de Alfama a tratar de outros assuntos. Quando a fome apertou, perguntei e foi-me sugerido um outro restaurante ao cimo da rua dos Remédios. Cheguei à porta e não gostei. Tenho aquela versão a preçários em que um simples bife custa dois dígitos. Não posso obviamente dizer que o dito restaurante era mau, longe disso (a vista parecia de cortar a respiração no bom sentido) mas acho que a análise da relação custo benefício é fundamental e temos que a aplicar em permanência. Existem vários campos em que a nossa a capacidade de exigirmos a excelência deixa muito a desejar, basta ver a actual situação do país. No entanto à mesa a coisa muda de figura. Gostamos de comer bem e barato.
E foi com base nesta premissa que virei costas e reiniciei a procura de outra possibilidade. Não demorou absolutamente nada. Apesar de nos encontrarmos numa grande cidade (a nossa maior) e de Alfama ser um ponto cada vez mais turístico (o que normalmente, e por estranho que pareça, reduz os índices de qualidade) bastou dar uns quantos passos para encontrar o desejado local. Chama-se Gruta do paraíso. Preçários de dígito único, ambiente singular (uma parede desconcertante, a dita gruta), simpatia transversal. Em 45m que lá estivemos ficamos a saber a história e as particularidades do estabelecimento pela boca do empregado que por lá anda há mais de 30 anos. O cozinheiro encontrou o equilíbrio perfeito entre a tradição e a evolução. O mestre de sala era mais tímido mas igualmente eficaz.
Fiz uma busca na net e por incrível que pareça encontrei muito poucas referências a este restaurante. E as que havia apenas indicavam a morada e como lá chegar. O que me leva a perguntar, por onde andam os nossos críticos gastronómicos?
GRUTA DO PARAÍSO, na Rua do paraíso 62 Telf. 218868264 969250128.
29 outubro 2011
Sopas em Montemor o Novo
Outro encontro gastronómico. Este dedicado exclusivamente às sopas, essa entrada quente cada vez mais esquecida.
Se não gostar das ditas vá na mesma, pode ser que se surpreenda. Mas se não gostar mesmo, mesmo, então vá e aproveite para descobrir qualquer um dos bons restaurantes da zona. Assim de repente sugiro o "Maças" que fica na terra de Lavre a uns quilómetros a norte de Montemor pela N114. Umas bochechas de porco acompanhado com umas batatas fritas à rodelas do melhor que há.
Bom apetite.
Festival Gastronómico de Santarém.
Quem lá for terá dificuldades em escolher onde comer. 13 é o número do azar, mas também é o número de tascas presentes nesta edição, sendo que cada uma vem de uma região do país diferente.
Assim que amanhã talvez experimente os Açores.
Bom apetite.
25 outubro 2011
"Gorgonzola?!?! Aqui nem fudendo!!"
03 outubro 2011
Sobre os finos... ou as jolas.
Seja para abafar o calor (neste verão que vai longo), acompanhar uma futebolada, ou uns tremoços, ou uma bifana, ou uma francezinha ou simplesmente para relaxar ao fim de um dia de trabalho não há nada mais propicio que uma cervejinha…
Deixo-vos aqui dois links para que fiquemos a saber mais qualquercoisinha sobre a dita.
Analisada por um nutricionista:
http://lifestyle.publico.pt/bemestar/291860_c-de-cerveja
Dos processos de produção e um pouco da sua história:
http://static.publico.pt/homepage/infografia/sociedade/segredoCerveja/
19 setembro 2011
Às 5h55 tocou o despertador. O despertar é lento, a expectativa do encontro marcado às 6h30 (4.30 em Portugal) provocou sucessivos acordares às 2.12 às 3.40 às 4.15 e finalmente às 5.45.
Chegamos ao barco, liga-se um motor diesel de 80 cavalos com 35 anos. Levantaram-se as amarras e zarpamos sem que o sol ainda tivesse aparecido por trás da ilha.A lua acompanha-nos ao longo do caminho e no destino descobre-se que dos outros barcos não vêm só acenos simpáticos de turistas.
Redes diferentes no mesmo sítio ao mesmo tempo não dão bons resultados. Depois de se descobrir o prevaricador através de um rádio que emitia normalmente mas recebia com grandes dificuldades tudo se resolve sem pôr em causa o precário equilíbrio da competitividade inerente à actividade piscatória. 5 Km de rede, 1h30 com o olhar fixo na rede amarela puxada lentamente por uma máquina hidráulica.
Depois de acondicionar 5 Kg de lagosta, uns quantos salmonetes, duas raias, chocos, lulas, carapaus e alguns sargos navegamos placidamente sobre as imperceptíveis ondas em direcção ao porto.
Logo à noite haverá uma bela ceia.