06 outubro 2009


Há um tipo de negócio ao qual sou incapaz de resistir, os alfarrabistas. Poucas foram as vezes que passei por uma destas lojas e consegui resistir àquela vontade irresistível que nos empurra para dentro e nos impele a perscrutar aqueles livros, uns mais velhos que outros, carregados de pó, inclinando a cabeça ora para a direita ora para a esquerda, consoante a orientação da lateral do livro, tentando intuir o conteúdo pelo título.
Foi assim que em Tomar, há pouco mais de uma semana, encontrei numa esquina um destes alfarrabistas, e claro está, deixei os colegas à espera enquanto eu entrava e dava uma vista de olhos, supostamente rápida. Acontece que logo me deparei com a secção de gastronomia e com um encarregado conhecedor do que tem (o que não é todos os dias). Ao ver que me interessava por este tema aproximou-se oferecendo um comentário sobre os livros presentes na prateleira. Escolhi um primeiro, que nos leva aos anos de 1900 e nos apresenta uma revisão exaustiva das obras publicadas na época sobre cozinha (“Comeres de 1900” de Sónia Monteiro da Colares editora) para além de um conjunto de receitas no mínimo curiosas. Já a caminho da porta de saída, levantou-se e disse-me “Lembrei-me agora de outro livro que certamente lhe interessará” e foi assim que da aparte de trás sacou um livro intitulado “Portugal em verso & mesa” de Adélia de Albuquerque, Seara Nova Editores. Abri-o e logo se me deparou a receita do mais que português “CALDO VERDE”… em verso; e dizia assim:

Coloque em água e sal
As batatas já cortadas
As cebolas fatiadas
Tudo a ferver por igual
Até ficar bem cozido
Faça um puré bem fluido
E ponha a couve cortada
Muidinha e de bom viço
Na panela destapada
E acrescente um chouriço.

Quando tirar da panela
Ponha azeite com cuidado
Sirva na malga ou na tigela,
Este caldo decantado
Por reis de muita coroa.
Corte o chouriço em rodela
Sirva a cada convidado
Com um pedaço de broa;
E no fim canta-se o fado
Mesmo à moda de Lisboa.


Afinal levei dois.

10 setembro 2009

Brasil país irmão.

Ontem. Eram 18.30 e comecei a pensar que se calhar não seria má ideia ir ver o jogo da selecção. Gosto de bola, mas ultimamente ando meio exasperado com a equipa das quinas. É que sou portista e ando mal habituado... Mas enfim como me tinham dito no outro dia, “Pode ser que seja o último...”.
Como em casa não há RTPi comecei logo ali a fazer telefonemas para vários sítios e colegas, a ver quais seriam as possibilidades. Descartando umas por isto outras por aquilo, surgiu a hipótese de ir a um pequeno bar brasileiro de nome “O Cantinho Brasileiro” por onde já tinha passado há uns 3 ou 4 anos que não me tinha chamado muito a atenção mas que, e isso é que interessava, passaria o jogo contra os Húngaros. A casa era pequena, apertada até, escura, cheiro impregnado de tabaco, etcetc.. o que não a fazia nada convidativa. Mas o compincha da bola com quem contava mandar umas bocas já lá estava à espera e portanto não havia nada a fazer. Depois de 25 min às voltas com o comando e finalmente sintonizar o canal desejado lá veio o turno dos pedido para acalmar a ligeira impaciência com os artistas da redondinha
Saiu um fino e a pergunta
- Então e para comer há alguma coisa especial?”
- Mosso olha só aqui os salgadinhos. Fresquinhos, feitos esta manhã. Tem bôlinho de cárne, de cámárão, de paumito, tem côxinha dji frangoe… é só escolhê!!
-Ok, então, dê-me um de carne e uma coxinha de frango.
Neste momento passavam-me imagens de um filme que vi chamado ”Estômago” e de uma frase de um os personagens quando o protagonista, que era cozinheiro, o tentou convencer a guardar um quilo de queijo gorgonzola numa cela de uma prisão. “Gorgon.. quê, gorgonzloa o cáralho, mete essa pôrra lá na janela. E o que é que o filme tem a ver com a situação de ontem? Pois o dito cozinheiro fazia umas coxinhas de frango que foram capazes de enganar uma prostituta que mais tarde viria a ser a sua perdição.
Pois a seguir veio um de camarão e mais duas de coxinhas. Tava mesmo bom. Melhor do que o resultado de Portugal, o que não é nada fácil, já cometemos a proeza de finalmente ganhar um jogo. Pela margem mínima, isso sim ;)

Fica na Carrer Ample 43 em Barcelona.

13 julho 2009

Fechar os olhos e recordar.

Há momentos que por razões puramente orgânicas e desconhecidas nos ficam registados na memória sendo que como é óbvio parte deles têm a ver com fracções de tempo em que as papilas se viram estimuladas.
O primeiro terço da minha vida passou-se (e que bem se passou) em África, mais concretamente na actual Republica Democrática do Congo ou ex-Zaire. Fertilidade é o que me invoca aquele ar húmido, quente, tropical, carregado de cheiros de vida, orgânicos. O calor que se faz sentir certamente ajudará à propagação desses odores que sem dúvida marcam qualquer um que por lá tenha passado. Imaginem a qualidade dos produtos desta terra, nem era preciso ir ao supermercado ou ao mercado, os vendedores ambulantes vinham a casa.
Por estes dias e enquanto lia um livro já referenciado num dos post`s anteriores lembrei-me de um desses momentos de que vos falava. De repente veio-me à cabeça a primeira vez que emborquei (literalmente) uma muamba de galinha. Digo emborquei porque na altura devia andar pelos 8-9 anos e devia pesar uns bons 10 Kg a mais do que recomenda a OMS. Lembro-me ainda de ser descrito por uma conhecida (ou seria desconhecida) como “Gordo e anafado”, hehe. Enfim outros tempos. Vamos à muamba que é o que interessa. Aconteceu num local de ócio domingueiro nas margens de um dos pequenos afluentes do poderoso Rio Zaire. Cada grupo ocupava uma palhota onde à mesa os “grandes” passavam tranquilamente o dia, enquanto os miúdos brincavam na margem do rio. Lembro-me perfeitamente da areia, a água acastanhada que corria, da pequena cascata que se formava entre dois pedregulhos e que dava o nome ao local, “Les petits chutes”, foi também aqui que perdi os meus primeiros óculos de mergulho.
A muamba zairense é diferente da muamba angolana pelo que pude averiguar. No ex-império de Mobutu consistia num estufado de galinha lentamente guisado numa polpa de frutos de palmeira ao qual certamente se adicionariam outros produtos. A dita polpa conseguia-se pelo esmagamento num pilão enorme de uma determinada quantidade dos ditos frutos. Essa pasta depois é utilizada para fazer o saboroso molho que dará identidade ao prato. Outros pormenores não posso acrescentar, porque na altura depois de terminado o prato a preocupação maior era saber quando o poderia comer outra vez.

10 julho 2009

Som do telemóvel a tocar....

Tudo começa com um telefonema ao início da semana, o tom de voz é familiar e a pergunta não costuma variar muito, “Holá José! Este final de semana estás livre?” dão-te ma morada, uma hora e por vezes até uma password…

Dito assim mais parece que estamos a ser convocado para mais uma reunião secreta estilo “Eyes wide shut” para tocarmos um piano de venda nos olhos, ou nos tempos que correm para umas das ego-festas Berlusconianas…

Não, não é nada disso. Há um ano atrás e algo saturado da minha rotina de taxónomo e necessitado de algo mais pragmático resolvi candidatar-me a uns quantos postos de trabalho de ajudante de cozinha; acabei a trabalhar num catering. De casamentos a festas de grupo, de congressos a feiras dos mais diferentes produtos. Lá vamos nós com caixas e caixas de canapés, entradas, pratos principais e sobremesas…
Até hoje o maior evento em que tinha participado era de 183 pessoas mais 4 crianças e tinha sido bastante caótico porque o responsável de turno era um gajo que de cozinha percebia bastante mas de gestão de tempo e grupos era pior que o Hulk a dançar sevilhanas…

Pois ontem foi diferente, não era fim de semana e os comensais eram 1700!! Imaginem a quantidade de tostinhas de Roquefort com cebola confitada me passaram pelas mãos, blinis de salmão com rebentos de soja, coca de esqueixada, coca de vegetais, barrinha de massa folhada envolvida no mais fino lençol de jabugo, croquetes de rovellons, brandada de bacallá, paellas, fideos, saladinha disto saladinha daquilo, e por aí fora…

Mas o mais interessante era o ambiente dentro da cozinha. Uns 20 personagens qual deles o mais particular a tentar seguir as instruções de um cheff. Ali há de tudo, desde biólogos como eu, a estudantes de moda, paquistaneses de passagem, aspirantes a cheff, actores que não passaram da figuração, e muita gente que em tempos de crise tem que completar a mesada para poder pagar a prestação da casa, que acreditem aqui sai pelos olhos da cara.

Se normalmente há um cheff, ontem eram 5 cheffs normais (todos com a sua área de acção bem delimitada) e um cheff napoleónico, daqueles que quando abre a boca todos calam. Uma orquestra de pedidos (mais bem ordens) que tinham um tempo de resposta curto a bem do subalterno… A paródia era garantida para quem consiga acompanhar o ritmo.

O momento ocorreu às 21.45 quando a maior azáfama já tinha passado e o dito chefe dos cheffs, aparece com um tabuleiro carregadinho de chávenas de café com qualquer coisa que parecia um capuccino. Parou à entrada da cozinha e vociferante, ordenou um descanso de 3 minutos (180 segundos), fosse qual fosse a urgência do prato que tínhamos à nossa frente, e um por um foi passando por todos e deixando uma das chávenas.
“Bom trabalho, prova isto, desfruta e prepara-te porque a seguir há que arrumar esta •$%#@! toda”. Acabamos eram 1.15 da mañana.

Pelo que pude averiguar faz-se assim. Uma chávena de café, uma pequena bola de gelado de chocolate, coberto por uma espuma de Bayley´s … deve beber-se de “um trago”… ou sorver bem devagar…

18 junho 2009

O MEC é o maior!!!


“…Tudo me leva a uma observação que a experiência me diz ser justa: quem partir de uma ideia fixa será sempre gastronomicamente prejudicado/a….
Em contrapartida, o/a verdadeiro/a gastrónomo, que quer comer sempre bem -…- será aquele que se colocar absolutamente à mercê do que houver; que partir para o mercado ou para o restaurante sem ideias preconcebidas.
(....) Comparem-se dois exemplos. Um senhor vai à praça à procura de pescadinhas para fritar e de berbigão para o arroz da companhia. Monomaníaco e predeterminado, passa à frente de tudo o que é mais fresquinho e recém-chegado e não descansa enquanto não encontrar o que procura, mesmo que as pescadas já estejam moídas e amoníacas e os berbigões de boca aberta, à beira da agonia. Vai para casa todo contente – e o almoço claro está, é uma merda. Quando a mulher ou o marido ou o amigo se queixa, ele defende-se: “ mas não era isto que querias?”.
A outra senhora (porque as mulheres são muito, muito mais inteligentes) vai à praça sem preconceitos, sem lista. Comerá apenas o que for mais fresquinho, abundante e barato (…) assim fará um belo arroz de tomate ou pimento e uma saladinha de fazer com que os lábios, de tão encantados, mais pareçam as conchas de uma vieira a fugir de um escafandrista, batendo castanholas de prazer.
Um gastou uma fortuna e comeu mal – a outra foi forreta e comeu bem. Apenas porque o primeiro foi estupidamente atrás do apetecimento e a segunda sujeitou-se inteligentemente ao que havia…”.


Excerto do livro “ Em Portugal não se come mal” de Miguel Esteves Cardoso (MEC).

15 junho 2009

La fourmi

Entra-se e o ambiente meio lúgubre absorve, transportando-nos por realidades cinematográficas passadas, através dos muitos poster´s colados na parede. Mas não são só poster´s, há anúncios. “Vende-se cama” “Vende-se bicicleta” “Vende-se mota”, “Aluga-se quarto interior sem luz com 6 m2”, “Sexta-feira 13 há cinema ao ar livre”, “Procuramos baterista para banda”, "Aulas de yoga", "Explicações de Matemática", "inglês para espanhóis"... Sou capaz de perder 1 hora a ler todos os anúncios de um belo quadro de ... anúncios.

Ao balcão, um sorriso transparente, aguarda a nossa difícil escolha. A lista das “sandes” é alargado e cada uma é original. Há pequenos almoços ao fim-de-semana, com fruta verdadeira e tudo, há menus, q ficam mais baratos, há jornais e outras publicações, há wifi até às 20.30, há gente a estudar, há famílias a “pequenoalmoçar” há cadeiras velhas, há mesas ainda mais velhas, há concurso de música (quem acertar bebe um cocktail), há tabaco, há muitíssimas marcas de cerveja (a do dia é Checa). E blá blá.....

Lá estive, lá voltarei.

http://barcelona.salir.com/la_fourmi

Milà i Fontanals 40

21 maio 2009

Há sítios

Há sítios .
Um dia vais na rua e vez uma porta aberta que dá acesso a um qualquer bar/restaurante/snack-bar/tapas bar/casa de pasto/ e sentes aquele apelo. Entras, pedes qualquer coisa e vais ficando, lês o jornal, fumas um cigarro (ou não), acabas o que pediste e sentes-te como se estivesses sentado no sofá de casa. A calma preenche o tempo e tu acabas de encontrar uma rotina…
Há pontos assim, e são assim pelas mais variadas razões, ou porque o/a dona é simpático/a, ou porque a comida é insuperável, ou porque o ambiente é atractivo, ou porque os produtos são diferentes, ou porque é barato e come-se bem, ou porque é mesmo aqui ao lado, ou porque têm todas as publicações do dia e assim podes passar os olhos por todos os quadrantes, ou porque sim simplesmente, sem razão alguma, são capazes de transmitir aquele conforto que nos faz bem. Já sabemos que á saída que vale a pena alargar o sorriso mais do que o normal.

Com este pequeno post pretendo só avisar que a partir de agora começarei a divulgar aqui no blog estabelecimentos em que vale a pena parar para saborear qualquer coisa. Se possível com uma palavra dos mentores que dê uma ideia da filosofia da coisa....

27 março 2009

Bife com batatas fritas.

Haverá algum prato que supere este no imaginário de qualquer criança?

As memórias são o que fazem de cada um de nós alguém diferente. Imaginem um mundo sem memórias... tudo resumido ao vazio....
Pois eu lembro-me de uma vez acordar deitado numa cama do hospital com uma enfermeira ao meu lado a perguntar-me como me sentia. Eu “tenho fome”. Ela “E o que é que te apetecia?”, Eu “Um bife com batatas fritas!!”, Ela “Ufa. Acho que não vais ter sorte.”, Eu “Raios!! Então para que pergunta!?”

Pois foi! Naquele dia acho que comi umas papas de não sei quê, porque o estômago estava débil, mas quando uns dias mais tarde fui para casa não me calei até comer o merecido bife.

Agora, passados uns 15 ou 20 anos já posso comer bifes quando quiser, e é umas das variantes:

1- X Bifes, que têm de ser de uma determinada parte que eu não sei o nome. Vou averiguar.
2- Um dente de alho picado de forma irregular
3- Uma folha de louro
4- Sal, pimenta, uma colher de azeite.

O azeite vai à frigideira bem quente, junta-se o alho e o louro, uns 15 segundos e entra o protagonista, mais 30 segundos de um lado e 30 segundos do outro e tá feito. O tempo varia dependendo da altura da carne ou das preferências do comensal. Este eram bastante finos uns 5 milímetros e por tanto o ponto era médio... a tirar a mal passado

Baixa-se o poder de fogo e entram os seguintes ingredientes. Meia parte de vinagre de vinho branco, duas partes de nata e uma parte de mostarda (eu gosto da savora.... é outra das memórias) mas desta vez foi da de Dijon. Deixam-se integrar todas as partes com os sucos transpirados préviamente et voilá.

Fatiar umas rodelas de batatas bem finas para fritar e .... pois fritalas num qualquer óleo para o efeito. “Secar” as batatas em papel absorvente, um pouco de sal....

Quem lava a loiça?

12 março 2009

Sábado


Todos temos os nossos dias preferidos. Há uns que gostam do Domingo porque há missa, outros da Segunda porque se reencontram com os colegas na escola, outros a Terça porque há “aquele” curso que sempre quisemos fazer, outros a Quarta porque é noite de Champions, outros a Quinta pq é noite académica, outros a Sexta porque começa o fimdesemana e outros, como eu, os Sábados (particularmente de manhã) porque é dia de mercado.
Entras e sentes a entropia, pelo ar circulam quantidades, em género e em capital, cheiras os cheiros, ouves os pregões, tacteias as maças (faz flap é 1 Kg se faz favor, faz flop.. humm não tem outras?). Primeiro a Carne, os bifes são compra semanal, depois as Verduras, sem elas não há saladas não há sopa e muito menos acompanhamento decente e finalmente o Peixe, porque o forno já está a aquecer. A caminho de casa ainda há tempo para ir aos Iogurtes caseiros, aqui há que falar em catalão pq é o que a casa gasta e já o faz há mais de 100 anos. O Julen trás o vinho o Jeff limpa o Terraço o João põe a mesa ... este foi truta no próximo serão umas douradas....

22 fevereiro 2009

Brunhóis

Vamos lá então falar um pouco em......ALENTEJANO!!




Ainda sem estar "refeito" do que me reservou este Natal a nível gastronómico, de repente abro os olhos e puffff, Máscaras, Bombinhas, Caraças, e Confetis!!!
Pois é, o tempo corre, e já estamos no Carnaval!

Tal como o Natal, esta quadra traz "a reboque" aquelas lembranças gastronómicas das nossas avós! Quem não se lembra daquela tarde disfarçado no baile de máscaras, e estar a pensar nas filhoses, pastéis de grão, e brunhóis que o esperavam na casa da avó? Pois eu lembro-me como se fosse hoje, no regojizo que me dava ao lamber as pontas dos dedos, carregadinhos de açucar com canela, depois de já terem marchado uma boa quantidade de doces carnavalescos.

Pois é, passados uns aninhos, e longe das avós, decidimos reviver esses tempos, ou pelo menos esses sabores!

Por isso, nesta tarde de Domingo só precisámos de:

- 750g de abóbora (ou mogango) descascada e limpa de sementes
- 3 ovos
- Raspas de 2 laranjas
- 1 cálice de aguardente
- 300g de farinha com fermento
- 80g de açúcar
- 1 colher de chá de canela
- 1 pitada de sal
- 75 g Margarina
- Óleo para fritar
- Açúcar e canela para polvilhar

E mãos à obra:

Coze-se a abóbora em água e sal, escorre-se e reduz-se a puré, esmagando com a mão ou com um garfo e volta a escorrer. Juntam-se todos os ingredientes, e bate-se energicamente com uma colher de pau. ( Esta parte não custou muito, uma vez que bastou-me pensar no jogo de ontem à noite, para ficar melhor que com uma batedeira :D)
Com a ajuda de duas colheres fazem-se os brunhóis e fritam-se. Depois de escorridos em papel absorvente polvilham-se com açúcar e canela.



03 fevereiro 2009

Quiche de calçots


Mi primer “post” en español.
Algún día tendría que ser…. Hasta este momento todas las historias que fueron surgiendo en este blog estaban escritas en portugués, probablemente porque sucedían en un contexto en que el código luso servía como forma de comunicación entre los personajes. Siguiendo la misma lógica esta pequeña historia tendría que ser escrita en español y con la “ficha técnica” en catalán, la lengua original de la autora de la recepta, o por lo menos de su perpetuadora, ya que autores hay miles.
Hay varias motivaciones (si es que es necesario una motivación para que se junten un par de personas y comparta algo tan básico como un pedazo de comida) para promover un encuentro gastronómico. Es un caso típico que se den estos ajuntamentos después de una reunión de trabajo, para relajar el ambiente y para que se discutan otros asuntos menos significativos pero nunca sin menos importancia. Y ha sido en este contexto que ha surgido la estrella de este “post”, de su nombre “Quiche de Calçots”. Desde el primer momento los elogios volaban por los aires y los sondeos que inquirían sobre el “modus operandi” de la cocinera han tenido las más diferentes orígenes. Al ser en tan elevado número luego surgió la promesa de que se enviaría a todos por correo digital; pero al ver que estos procesos a veces tardan, principalmente en este ambiente gastronómico en que la palabra secreto cobra un revigorado sentido, he decido hacer algo para que todos podamos disfrutar de este exquisito bocado.

Material

Motlle aproximat de 22cm diàmetre
1 base de pasta fullada congelada
250g de calçots fregits, o ceba tendra fregida, o ceba fregida si no en teniu (equival a vas d´aigua ple i en cru el molt més) .
3 ó 4 ous
250 ml de llet i 100ml de flor de nata (crema de llet)
2 cullerades soperes de farina de blat
1 paquet de 250g d´Enmental ratllat o formatge equivalent.
250 g de bacon fumat o pernil dolç o barraje dels dos.
Una mica de sal (poça) perquè el formatge o el bacon já son salats.
Uma mica de pebre blanc molt.
Una mica de nou moscada en pols.

Mètode
Tallar del lateral d`una base de pasta fullada quatre tires d´uns dos cm d´ample. Posar la resta quadrangular del full de pasta, ben estirada, en la base del motlle una mica engreixat amb oli o mantega. S`estén bé si les mans están una mica mullades amb aigua. Posar les tires als laterals i ajuntar-ho fent pressió amb les dits molls d`aigua. Els laterals tenen que fer-se tan alts com el motlle. I no es pot deixar forats entre fons I laterals per on pugui sortir el farciment.
Barrejar ous, llet, crema de llet, farina, sal, pebre I nou moscada amb turmix. Afegir els calçots, el bacon I la meitat del formatge ratllat. Barrejar amb forquilla. Posar-ho en el motlle i distribuir per sobre la resta del formatge.
Cocció
Posar en forn molt calent, tancar el forn i després de dos minuts baixar la temperatura a 175ºC o forn mitja.
Quan la superficie sigui daurada i al primer es recuperi, ja esta fet (és molt difícil calcular el temps, por ser al voltant de mitja hora).

BON PROFIT.

15 janeiro 2009

QUICHE DE ALCACHOFRAS (e algo mais...)


Pois bem, vou iniciar a minha participação aqui no blog do amigo Kiko, com uma receita que me agrada muito, tanto a fazer como a comer.
Uma QUICHE DE ALCACHOFRAS.

Começa-se por fazer um refogado, com a cebola, o alho, e azeite. Assim que a cebola estiver dourada, adicionar o tomate seco. Deixar tomar o gostinho durante mais ou menos 5m. Depois adicionar ao refogado os corações das alcachofras, os cogumelos, a salsa e adicionar sal e pimenta q.b.

Assim que os cogumelos tiverem feitos, retirar do lume, adicionar os cubos de queijo feta (queijo grego de ovelha) e colocar tudo num recipiente.

À parte, mexer 2 ovos, juntar um copo de leite, e juntar o queijo ralado.

Forrar a forma com a massa quebrada, picando o fundo com a ponta do garfo para não agarrar e respirar.

Deitar o refogado na forma, e por cima deitar a mistura dos ovos/leite e queijo ralado. Se quiserem podem adicionar mais queijo ralado por cima, para gratinar e dourar a parte de cima da quiche.

Levar ao forno até dourar e servir frio ou quente....

Ingredientes:

2 Cebolas
3 Alhos
Tomate Seco q.b.
Cogumelos Frescos q.b.
Corações de Alcachofras ( enlatadas e escorridos)
Salsa picada q.b.
Sal
Pimenta
Queijo Feta aos cubos
2 Ovos (mexidos)
1 copo de leite
Queijo ralado (para pizza)

Massa quebrada (congelada)


Boas receitas

12 janeiro 2009

Feijoada à moda da minha mãe.


Estamos no Inverno e o frio impõe a sua presença. É este o momento certo para comer uns pratos mais “pesadotes”. Este fim-de-semana a reunião foi à volta de uma bela feijoada que saiu melhor do que a encomenda. Apenas o fiz 2 ou três vezes e como estavam 9 pessoas sentadas à mesa havia alguma “pressão”. As coisas não começaram nada bem. Eram duas da tarde e ainda se andava à procura de estacionamento para o carro. Mas com a ajuda da panela de pressão às 15h45 já estávamos a comer.
Carnes:
½ frango dos pequenos aos bocados/ costela de porco aos bocados/ bacon fumado/ costela de porco salgada aos bocados/ um “naco” de presunto seco/ meio chouriço aos bocados/ um chispe previamente cozido (lição aprendida)/ meia orelha de porco aos bocados. E basta,
Outros:
Uma cebola picada/ dois alhos picados/ uma cenoura em cubos/ meia couve em “rodelas” gordas /uma folha de louro (que eu me esqueci) / feijão previamente demolhado (ou de lata).
Refogar a cebola a cenoura os talos grossos da couve o louro e ir introduzindo as diferentes carnes, primeiro as salgadas de pois as outras. Cobrir com água e deixar ferver a fogo lento uma hora.
À parte cozer o feijão, 30 minutos na panela de pressão.
Misturar tudo e servir com arroz branco.
Mais fácil do que isto é difícil.

Feito desta maneira e rodeado de “compinchas” o resultado foi que nem sequer o chispe, que ainda estava duro, sobrou. Grande vinho Marquês de Montemor a arredondar a coisa.
Há que repetir.
Para quem quiser saber mais:
http://es.wikipedia.org/wiki/Feijoada